A Moderna, empresa de biotecnologia conhecida por suas vacinas, planeja reduzir sua força de trabalho global em aproximadamente 10% em resposta à incerteza sobre o futuro da fabricação de vacinas sob a administração Trump. O CEO Stéphane Bancel informou, em um comunicado na quinta-feira, que a companhia terá menos de 5.000 funcionários até o final do ano.
Bancel destacou que a empresa se comprometeu a cortar cerca de US$ 1,5 bilhão em despesas anuais até 2027, o que será alcançado por meio de renegociações com fornecedores, redução de custos de fabricação e diminuição na área de pesquisa e desenvolvimento. "Todo esforço foi feito para evitar afetar empregos", afirmou o CEO, enfatizando a necessidade de reformular a estrutura operacional da empresa para manter o foco e a disciplina financeira.
A decisão de reestruturação ocorre em um contexto desafiador para a Moderna, que viu suas ações caírem 23% desde o início do ano. A empresa fez investimentos significativos na tecnologia de mRNA, que foi crucial para o desenvolvimento de sua vacina contra a covid-19 durante a pandemia, com o apoio da administração Trump. No entanto, a atual gestão tem adotado uma postura mais cética em relação a vacinas, buscando reformular regulamentações e recomendações nesse setor.