A formação rochosa submersa em Yonaguni, Japão, tem gerado debates entre geólogos e arqueólogos desde sua descoberta em 1986. Localizada a cerca de 25 metros de profundidade e a 100 quilômetros a leste de Taiwan, a estrutura de arenito, com 100 metros de comprimento e 40 de largura, apresenta degraus e bordas que lembram construções humanas, levando muitos a especular sobre a existência de uma civilização antiga. O instrutor de mergulho Kihachiro Aratake foi o responsável por revelar a formação, que rapidamente ganhou o nome de 'Atlântida japonesa'.
O professor Masaaki Kimura, da Universidade de Ryukyus, é um dos principais defensores da teoria de que as estruturas são vestígios de uma cidade submersa, possivelmente construída pelo povo Jōmon há mais de 10 mil anos. Kimura argumenta que marcas nas rochas indicam trabalho humano, e cita eventos sísmicos, como o tsunami devastador de 1771, como possíveis causas para a submersão da cidade.
Por outro lado, a maioria dos geólogos, incluindo Robert Schoch, da Universidade de Boston, defende que as formações são resultado de processos naturais. A controvérsia sobre a origem das estruturas continua, com especialistas divididos entre a possibilidade de uma civilização perdida e a explicação geológica convencional. O debate sobre a 'Atlântida japonesa' permanece em aberto, atraindo a atenção de pesquisadores e curiosos ao redor do mundo.