Os ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais dos países do Brics aprovaram, neste sábado (5), uma declaração que propõe um sistema tributário internacional mais justo e eficiente, visando promover o crescimento econômico equilibrado entre os membros do bloco. O documento, que menciona a tributação de 'indivíduos com alto patrimônio líquido', sinaliza um apoio às negociações da convenção tributária da ONU, considerada um passo decisivo para uma arquitetura tributária global mais inclusiva e equitativa.
Durante a reunião, realizada no Rio de Janeiro como parte dos eventos da Cúpula do Brics, os ministros enfatizaram a necessidade de aumentar a transparência e combater a evasão fiscal, especialmente entre os super ricos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem priorizado a tributação dos mais ricos em fóruns internacionais, como o Brics e o G20, e também na política interna, propondo a ampliação da isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5.000.
Além da declaração sobre tributação, o grupo financeiro do Brics aprovou outros dois documentos, incluindo um comunicado conjunto que expressa preocupação com o aumento unilateral de tarifas no comércio internacional. O bloco criticou essas medidas por distorcerem o comércio e se comprometeu a cooperar para reduzir tensões comerciais. Os ministros também pediram uma reforma urgente do FMI e do Banco Mundial, enfatizando a necessidade de instituições mais ágeis e eficazes no cenário econômico atual.