O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu a Cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho de 2025, e classificou como "superficiais" as críticas sobre a ausência de líderes como Vladimir Putin e Xi Jinping. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Vieira destacou que a falta de alguns chefes de Estado é comum em eventos internacionais, citando o retorno do presidente dos EUA, Donald Trump, a Washington durante uma reunião do G7 como exemplo.
Vieira argumentou que as tensões globais atuais dificultam a participação de alguns líderes, mas ressaltou que 14 chefes de Estado e de governo confirmaram presença na cúpula, o que, segundo ele, desqualifica a ideia de um evento "esvaziado". Além de Putin e Xi, também não compareceram os líderes do Irã e do Egito.
O ministro também refutou a crítica de que o Brics é uma aliança contra os Estados Unidos, afirmando que o bloco foi criado para apoiar os cinco países que o compõem: Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul. Vieira enfatizou que a relação do Brasil com a China não significa um distanciamento dos EUA, lembrando que o presidente Lula nunca se encontrou com Trump, ao contrário de suas diversas reuniões com Xi Jinping.