O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, anunciou nesta terça-feira (29) a intenção de criar um grupo de trabalho para discutir a metodologia que define o teto de juros do empréstimo consignado. A proposta visa proporcionar maior previsibilidade tanto para aposentados e pensionistas quanto para o setor bancário. Queiroz destacou a necessidade de uma análise contínua dos juros, evitando que a correção dependa apenas da taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano.
Durante reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), o ministro enfatizou que a discussão sobre o teto de juros deve deixar de ser um entrave. Atualmente, o limite de juros para empréstimos consignados é de 1,85% ao mês, enquanto o teto para operações de cartão de crédito e consignado de benefício é de 2,46% mensais. Queiroz acredita que a nova metodologia permitirá ajustes automáticos sempre que houver flutuações nas taxas de juros.
Ivo Mósca, diretor-executivo da Febraban, também se manifestou a favor da proposta, afirmando que a nova abordagem garantirá acesso ao crédito para os beneficiários do INSS, fundamentando-se em critérios matemáticos que evitarão exclusões. A iniciativa busca modernizar o sistema de empréstimos consignados e assegurar que os aposentados possam acessar crédito de forma mais segura e previsível.