O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez críticas ao advogado Jeffrey Chiquini, que defende o ex-assessor Filipe Martins, durante audiência realizada nesta segunda-feira (14 de julho de 2025). Moraes afirmou que Chiquini deveria ter prestado concurso para o Ministério Público se desejasse conduzir a acusação, em meio ao processo que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil. Martins é um dos réus na Ação Penal 2693, que integra o núcleo 2 da denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR).
A audiência contou com o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, que se apresentou como informante após firmar um acordo de colaboração premiada. O ministro Moraes destacou que os documentos apresentados não foram solicitados pela acusação, mas sim pelas defesas, e que não havia elementos que pudessem ser imputados aos réus. A fase de instrução, que é crucial para a produção de provas, está em andamento e os depoimentos seguirão até o dia 23 de julho.
Chiquini, ao iniciar seu depoimento, solicitou a suspensão da audiência, alegando que teve apenas quatro dias úteis para analisar uma quantidade significativa de informações, o que considerou impraticável. O ministro, no entanto, reiterou que as regras já haviam sido estabelecidas anteriormente e advertiu o advogado a não interromper sua fala. O STF programou uma série de depoimentos, que incluem testemunhas de acusação e defesa, para os núcleos 2, 3 e 4 da investigação.