O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Pedro Leonardo, descreveu em entrevista exclusiva ao Jornal Opção os 12 dias em que ficou confinado em um bunker em Israel com uma comitiva de políticos brasileiros. A delegação, em missão oficial no país, foi surpreendida pelo início de um conflito armado entre Israel e o Irã, experiência que, segundo o secretário, jamais imaginou vivenciar. A comitiva estava em visita oficial a Israel quando os ataques se intensificaram, obrigando-os a buscar abrigo em um bunker subterrâneo providenciado pelo governo israelense. Apesar das garantias de segurança oferecidas pelas autoridades locais, o relato de Pedro Leonardo destaca a tensão e o medo vivenciados durante os dias de confinamento.
Durante o período de conflito, a comitiva brasileira permaneceu no bunker, recebendo informações e orientações constantes do governo israelense. O secretário relatou a utilização de sistemas de alarme que alertavam a população sobre ataques iminentes, permitindo que buscassem segurança em abrigos. Pedro Leonardo descreveu ainda a sensação de tremores no próprio hotel onde estavam hospedados, intensificando a percepção de risco e a angústia da situação. A experiência, segundo ele, foi surreal e extremamente complicada, apesar do apoio recebido, que contribuiu para a manutenção da tranquilidade e segurança do grupo.
A comitiva retornou ao Brasil após um deslocamento terrestre até a Jordânia, onde embarcaram em um voo comercial para Doha, no Catar, antes de retornar ao Brasil. O retorno foi atrasado em seis dias devido à tensão do conflito. Apesar do susto e da experiência traumática, Pedro Leonardo destacou a eficácia das medidas de segurança implementadas pelas autoridades israelenses, que minimizaram o medo e garantiram a segurança da delegação. O episódio, no entanto, levanta questionamentos sobre os protocolos de segurança para missões oficiais em regiões de conflito, e a necessidade de planos de contingência mais robustos para situações imprevistas.