O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, avaliou neste sábado (19) que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) intensificou condutas ilícitas em suas redes sociais, direcionadas ao STF. Moraes determinou a inclusão de duas postagens recentes de Eduardo nos autos do processo que investiga sua atuação nos Estados Unidos, onde ele teria solicitado apoio a Donald Trump contra autoridades brasileiras.
As postagens, que incluem declarações de que o ministro do STF não poderá mais visitar os EUA e a classificação de Moraes como 'ditador', foram consideradas pelo ministro como parte de uma estratégia de obstrução e coação. O inquérito foi aberto após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alega que Eduardo Bolsonaro tentou influenciar o governo dos EUA a impor sanções a integrantes do STF.
Além disso, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo, prestou depoimento à Polícia Federal em junho, onde afirmou ter enviado R$ 2 milhões para custear a estadia do filho nos EUA, negando qualquer tentativa de lobby ou interferência nas questões brasileiras. A PGR investiga se Eduardo cometeu crimes como coação no curso do processo e obstrução de investigação.
A situação se agrava com a defesa pública de Donald Trump a Jair Bolsonaro, que foi interpretada por Lula como uma tentativa de interferência nas questões internas do Brasil. O ex-presidente brasileiro reafirmou sua posição contra qualquer tutela externa, destacando a importância da soberania nacional.