O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira, 16, que sua equipe iniciará na próxima semana a análise do impacto da retirada do risco sacado do decreto que elevou as alíquotas do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). A declaração ocorre após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, restabelecer a validade do decreto do governo Luiz Inácio Lula da Silva, exceto pelo trecho que tributava operações de risco sacado.
Haddad destacou que a decisão do STF é favorável e contribui para o cumprimento da meta fiscal. Ele também mencionou que o relatório bimestral será apresentado em 22 de julho e que a equipe econômica está otimista quanto ao resultado primário do governo para este ano, após uma década de déficits. O impacto da retirada da tributação do IOF sobre operações de risco sacado está estimado em R$ 450 milhões para 2025 e R$ 3,5 bilhões para 2026.
Em relação à meta de arrecadação de R$ 3 bilhões para 2026, Haddad afirmou que há espaço para ajustes, uma vez que a peça orçamentária ainda não foi finalizada. O ministro ressaltou que a equipe está buscando soluções para possíveis frustrações na receita e que novas propostas legislativas em andamento no Congresso podem melhorar a arrecadação no próximo ano.