O mercado brasileiro iniciou a semana com otimismo cauteloso, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se pronunciou sobre as possíveis tarifas de 50% sobre importações brasileiras para os Estados Unidos. Em entrevista à CBN nesta segunda-feira (21), Haddad reafirmou a intenção de negociar com Washington, mas não descartou a implementação das tarifas a partir de 1º de agosto, conforme anunciado pelos EUA, sem resposta até o momento das autoridades americanas após tentativas de diálogo em maio.
No fechamento do dia, o dólar à vista apresentou uma queda de 0,40%, cotado a R$ 5,5651, seguindo a tendência internacional da moeda. O Ibovespa, por sua vez, registrou uma alta de 0,59%, alcançando 134.166,72 pontos, após uma semana de perdas acumuladas de 2%. O cenário externo também influenciou os mercados, com o S&P 500 e o Nasdaq atingindo novos recordes, impulsionados por grandes empresas de tecnologia.
Haddad comentou ainda que o governo está considerando medidas de apoio para setores da economia que possam ser afetados pelas tarifas americanas, embora tenha ressaltado que não necessariamente haverá impacto fiscal. A complexidade das negociações é agravada pela exigência do presidente dos EUA, que condiciona acordos comerciais ao fim do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), uma questão que transcende o âmbito comercial. Recentemente, os EUA impuseram restrições de visto a autoridades do Judiciário brasileiro, citando objeções relacionadas aos processos legais contra Bolsonaro.