O ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, se manifestou na última sexta-feira (18) sobre a decisão dos Estados Unidos de revogar os vistos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e de outros ministros da Corte. Em uma postagem em seu perfil no Instagram, Messias classificou a medida como uma "deturpação" e uma tentativa de intimidar os magistrados brasileiros em suas funções constitucionais.
Messias expressou apoio aos ministros do STF e ao Procurador-Geral da República, ressaltando que a revogação dos vistos é um ato arbitrário que visa deslegitimar o trabalho das autoridades brasileiras. Ele afirmou que a atuação do Judiciário deve estar livre de assédios políticos, especialmente de intervenções de Estados estrangeiros, e que a integridade da democracia e do Estado de Direito deve ser preservada.
A declaração do ministro ocorre em meio a uma série de críticas de membros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à decisão da Casa Branca, que foi considerada uma afronta à soberania nacional. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, mencionou que a revogação também afeta outros ministros do STF, como Roberto Barroso e Cármen Lúcia.
A decisão dos EUA coincide com um momento tenso no Brasil, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta uma operação da Polícia Federal e foi alvo de medidas restritivas determinadas por Moraes. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, acusou Moraes de conduzir uma "caça às bruxas política" contra Bolsonaro, intensificando a controvérsia entre os dois países.