O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o cronograma do julgamento relacionado ao golpe permanece inalterado, apesar das sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O julgamento do núcleo crucial, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro, está agendado para setembro. Moraes destacou que não se deixou intimidar pelas pressões externas e que a aplicação da Lei Magnitsky não o afetaria, uma vez que não possui bens ou contas nos EUA e seu visto já expirou há dois anos.
Em conversas reservadas, Moraes expressou confiança de que as sanções não impactariam seu trabalho no Judiciário. Ele também anunciou que se pronunciará sobre o assunto na reabertura dos trabalhos do STF, marcada para esta sexta-feira, 1º de setembro. A expectativa é que sua fala aborde as implicações das sanções e a integridade do Judiciário brasileiro.
Ministros da Corte avaliam que os ataques direcionados a Moraes podem fortalecer a união entre os membros do tribunal, que se sentem ameaçados por ações externas. Um integrante do STF observou que, independentemente das discordâncias internas, o Judiciário brasileiro está sob ataque, o que pode reforçar a investigação sobre as tentativas de coação à Justiça, especialmente em relação ao deputado Eduardo Bolsonaro, que tem sido associado a essas ameaças.