O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), está sob investigação do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) por supostas contratações irregulares em seu gabinete. A denúncia, veiculada pelo jornal 'Folha de S.Paulo', aponta que três funcionárias foram empregadas em funções incompatíveis com as atividades parlamentares para as quais foram contratadas.
As funcionárias, que ocupam o cargo de secretário parlamentar, incluem uma fisioterapeuta, uma estudante de medicina e uma assistente social, todas com vínculos em outras atividades profissionais. A União teria desembolsado R$ 112 mil em salários e gratificações para essas contratadas apenas neste ano. A fisioterapeuta, Gabriela Pagadis, recebe um salário bruto de R$ 11,8 mil e é filha da chefe de gabinete de Motta.
Após ser questionado pela imprensa sobre as contratações, Motta teria solicitado a demissão de duas das três funcionárias. A legislação exige que os secretários parlamentares cumpram uma jornada de 40 horas semanais e proíbe o exercício de outra função pública, embora não haja controle de ponto eletrônico na Câmara. A assessoria de Motta não se manifestou até o fechamento desta reportagem.