O Ministério da Saúde lançou, nesta quinta-feira (31), uma consulta pública para avaliar a incorporação da vacina meningo B ao Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante, que protege contra a infecção pela bactéria meningococo do tipo B, é considerado essencial, uma vez que essa cepa é a mais comum entre os causadores de meningite. Atualmente, a vacina está disponível apenas no sistema privado de saúde, enquanto o SUS já oferece vacinas contra outros quatro sorotipos da doença: A, C, W e Y.
A meningite meningocócica, uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, é transmitida pelo ar e pode levar a complicações graves, incluindo a morte. Em 2023, o Brasil registrou 2.357 casos de meningite bacteriana, resultando em 454 óbitos. Além disso, entre 10% e 20% dos sobreviventes enfrentam sequelas significativas, como surdez e comprometimentos neurológicos.
A proposta de inclusão da vacina foi apresentada pela farmacêutica GSK à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). O dossiê indica que a implementação do imunizante custaria cerca de R$ 6,1 bilhões ao longo de cinco anos, mas a empresa defende que a vacinação poderia reduzir os gastos com internações e tratamentos.
A consulta pública ficará aberta por 20 dias no site da Conitec, onde as contribuições da população serão coletadas. Após esse período, os membros da comissão analisarão as sugestões para elaborar um relatório que recomendará a inclusão ou não da vacina meningo B no SUS.