O Ministério da Fazenda revisou sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025, elevando-a para 4,9%, acima do teto da meta estabelecida em 4,5%. A atualização foi divulgada na última sexta-feira (11) no Boletim Macrofiscal pela Secretaria de Política Econômica (SPE). Anteriormente, a previsão era de 5,0% no boletim de maio e 4,8% em fevereiro.
A revisão se deve a variações menores do que o esperado para o IPCA nos meses de maio e junho, além de ajustes no cenário futuro, influenciados pela expectativa de uma cotação mais baixa do real em relação ao dólar. O boletim também destacou que a deflação nos preços no atacado agropecuário e industrial, juntamente com a maior concorrência de produtos importados, contribuiu para a redução da inflação projetada.
O cenário atual prevê uma diminuição da inflação entre junho e agosto, seguida por uma reversão em setembro devido ao término dos efeitos do bônus de Itaipu, e uma nova queda até dezembro. Para 2026, a projeção do IPCA permanece estável em 3,6%, dentro do intervalo da meta de inflação. A SPE também informou que a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2025 foi ajustada de 4,9% para 4,7%, enquanto a do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de 5,6% para 4,6%.