O Ministério da Fazenda revisou para cima a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2023, passando de 2,4% para 2,5%. A atualização foi divulgada nesta sexta-feira pela Secretaria de Política Econômica (SPE), que destacou a resiliência do mercado de trabalho e a expectativa de um consumo familiar mais robusto, apesar da política monetária restritiva do Banco Central. Para 2026, a previsão de crescimento foi ajustada de 2,5% para 2,4%, influenciada pela expectativa de elevação da taxa Selic.
A SPE afirmou que a revisão otimista para 2023 não considera os potenciais impactos das novas tarifas de importação dos Estados Unidos, que podem afetar setores específicos da economia brasileira. O Banco Central, que elevou a taxa básica de juros para 15% ao ano, ainda não divulgou suas projeções para 2026, mas estima um crescimento de 2,1% para 2025, inferior ao otimista cenário apresentado pela Fazenda.
Além disso, a Fazenda projetou que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2023 em 4,9%, ligeiramente abaixo da previsão anterior de 5,0%. Para 2026, a expectativa de inflação permanece em 3,6%. A revisão para 2025 reflete uma inflação abaixo do esperado nos meses anteriores e ajustes nas projeções cambiais.