A mineradora de Goiás ganhou destaque internacional ao explorar terras raras, um grupo de 17 elementos químicos essenciais para diversas indústrias, incluindo tecnologia e defesa. O Brasil, que possui a segunda maior reserva mundial, com 25% do total, se torna um ponto focal em meio a tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Recentemente, o governo brasileiro foi informado sobre o interesse dos EUA em estabelecer acordos para a aquisição desses minerais estratégicos.
Na quarta-feira (23), o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, se reuniu com representantes do Instituto Brasileiro de Mineração. Durante o encontro, foi discutida a possibilidade de parcerias para garantir o acesso a minerais como lítio e nióbio, que são cruciais para a fabricação de ímãs permanentes e outros produtos tecnológicos. Especialistas acreditam que esse interesse pode influenciar as negociações sobre tarifas impostas pelo governo Trump.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, expressou críticas ao interesse dos EUA, afirmando que “aqui ninguém põe a mão” nos recursos brasileiros. A disputa por terras raras se intensifica em um contexto onde a China domina 70% da produção global, tornando-se um monopólio que preocupa potências ocidentais. A situação ressalta a importância estratégica das terras raras e o papel do Brasil nesse cenário global.