O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Mike Johnson, manifestou sua desilusão em relação a Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, durante uma entrevista a repórteres e editores da Bloomberg. Johnson, que se reuniu com o ex-presidente Donald Trump no Salão Oval, foi questionado sobre a possibilidade de apoiar a demissão de Powell, mas afirmou não ter clareza sobre a autoridade legal para tal ação.
Trump intensificou seus ataques a Powell, criticando as altas taxas de juros que, segundo ele, estão prejudicando as famílias americanas. O ex-presidente se referiu a Powell como "Atrasado Demais" e reiterou sua insatisfação com a recusa do líder do Fed em reduzir as taxas. Embora o Congresso tenha autoridade de supervisão sobre o banco central, apenas o presidente pode demitir Powell, e isso somente por justa causa, conforme alertou o líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries.
Johnson também indicou que está aberto a discutir modificações na Lei do Federal Reserve, que estabelece o sistema bancário central dos EUA. Ele destacou a importância de um escrutínio mais rigoroso sobre o Fed, citando a necessidade de investigar o custo de reformas em suas instalações e a exploração de uma "expansão de missão" pelo Tesouro. O diretor da Federal Housing Finance Agency, Bill Pulte, aliado de Trump, pediu ao Congresso que investigue Powell, embora Johnson não tenha confirmado a existência de tal investigação.
O presidente da Câmara enfatizou que a redução das taxas de juros poderia beneficiar setores da economia que ainda enfrentam dificuldades. No entanto, ele alertou que qualquer modificação na legislação do Fed deve ser feita com cautela, reconhecendo a complexidade da questão e a necessidade de um estudo aprofundado antes de qualquer ação legislativa.