O governo do México anunciou nesta segunda-feira (14) que está em negociações com produtores de tomate para minimizar os efeitos de uma nova tarifa de 17% imposta pelos Estados Unidos. Essa tarifa entrou em vigor após o término de um acordo comercial que permitia a exportação de tomates mexicanos sem taxas, conhecido como pacto do jitomate, que foi suspenso devido a uma investigação antidumping. A decisão dos EUA, anunciada em abril, foi motivada pela alegação de que o acordo não protegia adequadamente os produtores americanos de importações a preços injustos.
Durante uma coletiva de imprensa, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, destacou a importância da exportação de tomates para o mercado americano, afirmando que a produção interna dos EUA não é suficiente para atender à demanda. "Estamos trabalhando lado a lado para que haja o mínimo de efeitos. São decisões tomadas pelos Estados Unidos", afirmou Sheinbaum, sem detalhar as medidas específicas que seu governo adotará para apoiar os produtores, principalmente nas regiões de Sinaloa e Sonora.
O México, que depende fortemente do mercado americano, enfrenta desafios significativos com essa nova tarifa, uma vez que cerca de 80% de suas exportações são destinadas aos Estados Unidos, conforme estipulado no acordo de livre comércio T-MEC, que também inclui o Canadá.