O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, e membros do conselho da empresa chegaram a um acordo para encerrar um processo judicial relacionado ao escândalo de privacidade da Cambridge Analytica. Fontes informaram à AFP que o acordo, no valor de 5 bilhões de dólares, foi firmado nesta quinta-feira, 17 de outubro, em meio a alegações de que o pagamento ao governo dos EUA por supostas violações de dados foi excessivo. O julgamento teve início na quarta-feira, e o acordo foi alcançado no dia em que Marc Andreessen, um influente investidor do Vale do Silício, deveria depor.
Zuckerberg está programado para comparecer ao tribunal de Wilmington, Delaware, na próxima segunda-feira, juntamente com outros convocados, incluindo o investidor Peter Thiel e a executiva Sheryl Sandberg. O caso remonta ao uso indevido de dados pessoais de milhões de usuários do Facebook pela Cambridge Analytica durante as eleições de 2016 nos EUA e o referendo do Brexit, o que gerou um aumento na pressão regulatória sobre a empresa.
Os acionistas da Meta alegaram que houve conluio entre os membros do conselho para garantir um pagamento maior ao governo em troca da proteção de Zuckerberg. Observadores esperavam que o julgamento trouxesse à tona detalhes sobre como a liderança da Meta lidou com o escândalo, em um momento em que a empresa enfrenta crescente escrutínio de governos e da sociedade sobre a coleta e uso de dados pessoais.
