Na última sexta-feira (18), o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) foi colocado sob recolhimento domiciliar, resultando em reações distintas nos mercados financeiros. O dólar registrou alta de 0,72%, fechando a R$ 5,5875, enquanto o Ibovespa caiu 1,61%, atingindo 133.381,58 pontos. O temor de uma possível prisão de Bolsonaro e novas sanções dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, influenciaram o comportamento dos investidores.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que Bolsonaro use tornozeleira eletrônica e imponha restrições em sua comunicação, incluindo a proibição de acesso às redes sociais. Essas medidas foram tomadas após a Polícia Federal realizar mandados de busca e apreensão relacionados a crimes de coação, obstrução à Justiça e ataque à soberania nacional.
A decisão de Moraes foi respaldada pela primeira turma do STF e ocorreu um dia após Trump vincular a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros ao julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente e seu filho, Eduardo Bolsonaro, foram acusados de atos que configuram crimes contra a soberania e obstrução de investigações.
Além disso, a percepção de um enfraquecimento da direita no Brasil, incluindo o governo de São Paulo, também impactou o mercado. Trump, por sua vez, reiterou suas ameaças contra o grupo Brics, afirmando que a formação do bloco acabaria rapidamente caso se tornasse significativo.