Os mercados financeiros globais se preparam para um teste significativo na abertura desta segunda-feira (14), após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 30% sobre produtos da União Europeia e do México, com início em 1º de agosto. A medida, parte de uma intensificação da política comercial americana, visa pressionar parceiros comerciais a renegociarem acordos, incluindo países como Canadá, Brasil e Argélia.
Trump, que já havia sinalizado uma postura agressiva em relação ao comércio internacional, recebeu críticas de executivos como Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, que alertaram sobre os riscos de uma complacência excessiva por parte dos investidores. Apesar disso, muitos no mercado parecem acreditar que o presidente pode recuar, dado seu histórico de reviravoltas nas decisões tarifárias.
O economista-chefe da Annex Wealth Management, Brian Jacobsen, advertiu que os investidores não devem subestimar a seriedade da nova tarifa, que pode ter um impacto mais severo sobre os países afetados do que sobre os EUA. A situação é ainda mais complexa, pois a União Europeia buscava um acordo provisório para evitar tarifas mais altas, mas a recente carta de Trump minou esse otimismo.
Enquanto isso, o peso mexicano atingiu sua máxima em um ano, cotado a 18,5525 por dólar, em 9 de julho, refletindo a volatilidade do mercado. Os investidores aguardam a reabertura dos mercados cambiais às 5h, horário de Sydney, para avaliar o impacto das novas tarifas no apetite global por risco.