Gestores de investimentos brasileiros estão ajustando suas carteiras em resposta a um cenário econômico instável, marcado por tensões geopolíticas e a elevação da taxa Selic para 15% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas. A decisão do Banco Central visa conter a inflação, mas também pode desacelerar o consumo e aumentar a atratividade da renda fixa. Especialistas alertam que esses fatores estão gerando incertezas nos mercados de ações, commodities e câmbio.
No cenário internacional, as tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm gerado apreensão entre investidores. Recentemente, Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, alegando razões políticas relacionadas ao tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa medida, que entra em vigor em agosto, é vista como uma tentativa de influenciar a política interna do Brasil e já começa a afetar a confiança de empresas e consumidores.
Os analistas destacam que a combinação de tarifas elevadas e a instabilidade política no Brasil pode impactar a inflação, levando o Federal Reserve a considerar novas elevações nas taxas de juros. Em meio a esse cenário, investidores são aconselhados a diversificar suas aplicações e a monitorar de perto as tendências do mercado para mitigar riscos de curto prazo e garantir rentabilidade em tempos de incerteza.