Na quinta-feira, investidores acompanharam de perto as negociações entre Brasil e Estados Unidos sobre as tarifas de importação, que podem impactar significativamente a economia nacional. Sem novidades concretas, o dólar apresentou uma leve queda de 0,05%, fechando a R$ 5,5211, o menor valor desde julho, enquanto o índice Ibovespa registrou uma queda de 1,15%, encerrando o dia em 133.807,59 pontos.
O cenário de incerteza se intensificou após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1º de agosto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento em Minas Gerais, afirmou que o Brasil está disposto a negociar, mas criticou a falta de comunicação do governo americano, sugerindo que Trump poderia entrar em contato diretamente.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que mais de 10 mil empresas brasileiras serão afetadas pela nova tarifa e que um plano de contingência será apresentado ao presidente Lula na próxima semana. Dados do Senado indicam que 13 estados brasileiros têm os EUA como um dos principais destinos de suas exportações, o que torna a situação ainda mais crítica para a economia local.
Enquanto isso, o mercado americano, representado pelo S&P 500 e Nasdaq, alcançou máximas históricas, impulsionado por balanços corporativos positivos e um clima de otimismo nas negociações comerciais com outros parceiros, como Japão e União Europeia. O governo brasileiro, por sua vez, continua a realizar reuniões com empresas para avaliar os impactos das tarifas e buscar possíveis respostas, embora enfrente dificuldades em estabelecer contato com autoridades americanas.