Um crescente mercado ilegal de armas e munições tem sido identificado em redes sociais, onde grupos e perfis oferecem produtos controlados pelo Exército e pela Polícia Federal (PF). A investigação do Jornal Opção revelou que traficantes se apresentam como Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) e comercializam desde revólveres até munições, frequentemente adquiridas no Paraguai e nos Estados Unidos.
Os anúncios incluem uma variedade de itens, como fuzis, silenciadores e kits que transformam pistolas em submetralhadoras. Em conversas com traficantes, a reportagem obteve ofertas de munições de diversos calibres, com preços que variam conforme o tipo. Por exemplo, uma cartela com 10 estojos de calibre 9mm é vendida por R$ 92, enquanto uma caixa com 50 unidades custa R$ 380.
A Polícia Federal já realizou três operações em Goiás neste ano para combater esse tráfico, incluindo a prisão de um policial militar envolvido na venda de acessórios ilegais. Recentemente, a Polícia Civil de Goiás também deflagrou a Operação Desarme, resultando na apreensão de 14 armas e na prisão de seis pessoas. O comércio ilegal de armas pode resultar em penas de até 16 anos de prisão, além de multas, e a posse irregular de armamentos é considerada crime no Brasil.