Na tarde desta segunda-feira, 21, o mercado financeiro brasileiro observou uma queda na curva a termo, embora sem um gatilho específico para o movimento. Os investidores permanecem atentos ao impasse entre Brasil e Estados Unidos sobre a tarifa de 50% imposta ao país, mas sem novidades significativas, as taxas acompanharam a melhora nos rendimentos dos Treasuries.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2026 subiu de 14,956% para 14,960%, enquanto o DI de janeiro de 2027 caiu de 14,378% para 14,320%. O DI de janeiro de 2028 também apresentou uma queda, passando de 13,732% para 13,660%. Na parte mais longa da curva, o DI de janeiro de 2031 registrou uma leve queda, indo de 13,821% para 13,800%.
O relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, mostrou uma ligeira redução na projeção da alta do IPCA para 2026, que passou de 4,50% para 4,45%. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também adotou um tom conciliador em relação à tarifa americana, afirmando que o governo não retaliará e que as negociações com Washington continuam.
Economistas destacam que, apesar da correção nas projeções de inflação, o ambiente permanece volátil. A expectativa é de que a curva de juros siga influenciada por fatores externos, especialmente se não houver avanços nas negociações com os EUA, o que pode impactar as taxas longas no futuro.