Nesta sexta-feira, 4 de julho, o mercado financeiro brasileiro enfrentou um dia atípico devido ao feriado de independência dos Estados Unidos, que impactou a liquidez global. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu um decreto do governo que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e convocou uma conciliação para o dia 15 de julho, embora a decisão ainda dependa da aprovação dos demais magistrados da corte.
No fechamento do dia, o Ibovespa registrou alta de 0,24%, atingindo 141.263,56 pontos, um novo recorde histórico. Em julho, o índice já acumula um avanço de 1,73%, enquanto a alta semanal é de 3,21%. O dólar à vista também subiu 0,37%, cotado a R$ 5,4245, embora tenha apresentado uma queda de 5,17% nas últimas cinco semanas.
O estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, atribui parte do desempenho positivo do Ibovespa à expectativa de cortes na taxa Selic, que podem ocorrer em 2026, e à melhora nas perspectivas econômicas da China. Além disso, a atratividade do Brasil para investidores internacionais se mantém, especialmente com a Selic em 15% ao ano e a possibilidade de cortes de juros nos Estados Unidos. Na próxima semana, o mercado estará atento ao prazo final, em 9 de julho, para negociações de tarifas comerciais entre os EUA e seus parceiros, incluindo o Brasil.