A recente escalada nas tarifas comerciais promovida pelo presidente dos EUA, Donald Trump, gerou novas preocupações no mercado de petróleo, que já enfrentava um cenário desafiador. As novas alíquotas, consideradas as mais altas até o momento, reacenderam o temor de que uma guerra comercial global possa impactar negativamente o consumo de petróleo bruto. A situação se agrava com a perspectiva econômica sombria da China, maior importadora do produto, que pode dificultar a absorção do excesso de oferta no segundo semestre de 2023.
Investidores, que antes estavam mais focados nas tensões do Oriente Médio, agora se veem obrigados a reavaliar suas expectativas em relação à demanda. Joe DeLaura, estrategista global de energia do Rabobank, destacou que o foco atual está nas tarifas e na demanda, enquanto Mark Malek, diretor de investimentos da Siebert, alertou para a dificuldade em acompanhar o equilíbrio entre oferta e demanda em um mercado repleto de fatores atípicos.
A combinação das tarifas elevadas e a incerteza econômica global pode representar um golpe adicional para um mercado já pressionado por um excesso de oferta. A situação exige atenção redobrada dos investidores, que devem monitorar de perto os desdobramentos comerciais e suas repercussões sobre o setor energético.