O mercado de fundos de índice, conhecidos como ETFs, no Brasil, registrou um crescimento significativo no primeiro semestre de 2023, com a criação de 29 novos produtos, o que representa uma média de 1,12 lançamentos por semana. Desde a introdução do primeiro ETF em 2004 até junho de 2025, a B3, bolsa de valores brasileira, espera listar cerca de 380 fundos, incluindo tanto ETFs nacionais quanto BDRs de ETFs estrangeiros. Atualmente, esses produtos acumulam aproximadamente R$ 62 bilhões em ativos sob gestão e contam com 1,11 milhão de cotistas.
O aumento no número de ETFs é atribuído a diversos fatores, incluindo a ampliação da oferta de produtos, o acesso facilitado por plataformas digitais, investimentos iniciais baixos e uma regulação moderna. Especialistas, como Danilo Gabriel da XP Asset, destacam a evolução da indústria nos últimos 20 anos, ressaltando que o mercado está mais maduro e acessível. A Hashdex, por exemplo, possui 340 mil investidores, com mais de 185 mil apenas em ETFs listados no Brasil, gerindo um total de R$ 7,5 bilhões em ativos.
Além disso, a diversidade de produtos disponíveis no mercado também contribui para o crescimento. Dados da Ayta Consultoria indicam que quase 80% dos ETFs brasileiros são de renda variável, com destaque para os ETFs temáticos, como os focados em inteligência artificial e criptomoedas. Esses últimos têm atraído a atenção dos investidores, refletindo o potencial de crescimento dessa classe de ativos emergentes. O forte desempenho dos ETFs de criptomoedas, por exemplo, é um indicativo da evolução e do interesse crescente nesse segmento do mercado financeiro.