Nesta terça-feira (22), o mercado de câmbio brasileiro enfrentou volatilidade, com o dólar fechando próximo à estabilidade a R$ 5,5670, após oscilar entre R$ 5,5525 e R$ 5,5903. O movimento foi influenciado por declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que criticou o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e pela expectativa em torno das tarifas de 50% que os Estados Unidos devem aplicar a produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. O governo brasileiro ainda não definiu sua estratégia para lidar com essa questão, o que mantém o mercado em alerta.
O Ibovespa, por sua vez, testou a linha dos 135 mil pontos, mas fechou em leve queda de 0,10%, aos 134.035,72 pontos. O índice oscilou entre 133.986,03 e 135.300,29 pontos durante o dia, com um volume de negócios reduzido a R$ 18,2 bilhões. Apesar da contribuição positiva de ações de commodities, como Vale e Petrobras, o setor financeiro apresentou desempenho negativo, com exceção do Banco do Brasil e Santander.
As incertezas em relação à política comercial dos EUA impactaram o sentimento do mercado, especialmente após o alerta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a iminente "guerra tarifária". Além disso, o senador americano Lindsey Graham ameaçou impor tarifas adicionais a países que continuarem a comprar petróleo da Rússia, citando Brasil, China e Índia como alvos principais. O cenário atual reflete a necessidade de uma resposta clara do governo brasileiro para mitigar os efeitos das tarifas e estabilizar o mercado financeiro.