Luiz Antonio Garnica, médico de Ribeirão Preto (SP), e sua mãe, Elizabete Arrabaça, foram tornados réus pelo assassinato da professora de pilates Larissa Rodrigues, ocorrido em março deste ano. O Ministério Público (MP) acusa Garnica de envenenar a esposa, que havia descoberto sua traição dias antes de sua morte, e de planejar o crime para se livrar da relação e das obrigações financeiras decorrentes de um possível divórcio.
De acordo com a denúncia, Garnica era obcecado por um relacionamento extraconjugal e apresentou sua amante à mãe apenas um mês após a morte de Larissa. O promotor Marcus Túlio Nicolino destacou que a conduta do médico demonstra um desinteresse pela memória da vítima e uma frieza em busca de seus interesses pessoais. A investigação revelou que Garnica vinha pagando uma mesada à amante, o que complicaria ainda mais sua situação financeira em caso de separação.
Larissa Rodrigues foi envenenada com chumbinho, substância que foi misturada em seus medicamentos e alimentos, conforme apurado pela polícia. A professora, acreditando estar doente, não desconfiava da ação de seu marido e da sogra. O juiz Sylvio Ribeiro de Souza Neto aceitou a denúncia por feminicídio qualificado e determinou a conversão da prisão temporária de ambos em preventiva, além da quebra do sigilo bancário dos envolvidos. O caso segue sob investigação, com novas informações sendo aguardadas.