Luiz Antonio Garnica, médico, e sua mãe, Elizabete Arrabaça, foram denunciados pelo Ministério Público pela morte da professora de pilates Larissa Rodrigues, ocorrida em março deste ano em Ribeirão Preto, SP. O crime, que envolveu envenenamento com chumbinho, foi motivado por interesses financeiros e um relacionamento extraconjugal mantido por Garnica. A Justiça converteu a prisão temporária dos réus em preventiva, mantendo-os detidos desde 6 de maio até o julgamento, cuja data ainda não foi definida.
De acordo com a denúncia, Garnica e Arrabaça planejaram o assassinato para evitar a partilha de bens, especialmente após Larissa ter descoberto a traição do marido e manifestado a intenção de se separar. O plano inicial era envenenar a vítima gradualmente, mas, diante da iminente separação, a dose letal foi administrada em 22 de março. A professora começou a apresentar sintomas de intoxicação, enquanto Garnica impediu que ela buscasse atendimento médico.
Além da acusação de feminicídio qualificado, Garnica também enfrenta uma acusação de fraude processual por ter alterado a cena do crime. A denúncia destaca que a motivação do crime foi não apenas a proteção do patrimônio, mas também a oposição de Elizabete à ideia de Larissa ficar com metade do apartamento em caso de divórcio. Ambos os réus alegam inocência das acusações.