O médico Luiz Antonio Garnica e sua mãe, Elizabete Arrabaça, foram acusados de assassinar a professora de pilates Larissa Rodrigues em março, em Ribeirão Preto, São Paulo. Segundo o Ministério Público, Garnica acionou um seguro para quitar parte do financiamento do apartamento onde residia com Larissa logo após o crime, o que levantou suspeitas sobre suas intenções financeiras.
A denúncia aponta que, apesar de o imóvel estar financiado, ele entraria na partilha de bens do casal, e Larissa havia recentemente descoberto um relacionamento extraconjugal de Garnica, manifestando a intenção de divórcio. O MP alega que o crime foi motivado pela necessidade de Garnica de preservar seu patrimônio, que estava comprometido devido a dívidas.
A investigação da Polícia Civil e do MP pode complicar a situação de Garnica, uma vez que a quitação do financiamento por meio de um seguro prestamista é uma prática comum em casos de falecimento. No entanto, a comprovação de seu envolvimento na morte de Larissa pode levar a seguradora e à instituição financeira a contestar essa quitação, considerando a possibilidade de má-fé.
O advogado Fernando Corrêa da Silva Filho explica que, se o envolvimento de Garnica for comprovado, a seguradora poderá buscar a revisão judicial da quitação do seguro, uma vez que a boa-fé é um princípio fundamental nos contratos de seguro, conforme previsto no Código Civil. A situação legal em torno do caso continua a se desenvolver, com repercussões significativas para os envolvidos.