Luiz Antonio Garnica, médico investigado pelo assassinato de sua esposa, Larissa Rodrigues, em Ribeirão Preto (SP), não pode receber visitas na Penitenciária de Serra Azul, onde está detido desde sua transferência, há duas semanas. De acordo com o Ministério Público, familiares precisam se cadastrar para obter a carteirinha de acesso, um processo que pode levar até 40 dias. A amante do médico, por sua vez, não terá autorização para visitá-lo, pois não possui vínculo legal com Garnica.
O promotor Marcus Túlio Nicolino esclareceu que, apesar de ser médico, Garnica cumpre prisão preventiva em uma cela comum, sem regalias, após o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar o benefício de cela especial para pessoas com curso superior. "Ele está se adaptando à vida carcerária e não tem direito a tratamento especial", afirmou Nicolino.
Garnica e sua mãe, Elizabete Arrabaça, foram denunciados por feminicídio qualificado e fraude processual, após a morte de Larissa, em março de 2023. O Ministério Público alega que o crime foi motivado por questões financeiras, com o objetivo de preservar o patrimônio do médico em um possível divórcio. A audiência de instrução para ouvir testemunhas deve ocorrer nos próximos dias, e a decisão sobre um eventual júri popular será tomada posteriormente.