Uma médica de 55 anos sofreu traumatismo craniano e outras lesões após ser atacada por uma paciente em seu consultório na Unidade Básica de Saúde do bairro Furtado de Menezes, em Juiz de Fora, na tarde de quarta-feira (25). Carla Helena Honório Costa foi atingida por uma pedra arremessada pela paciente, que se irritou com a ausência de data em uma receita. A médica foi socorrida e levada para o Hospital da Unimed, onde permanecia internada até sexta-feira (27). A Polícia Civil investiga o caso, e a Prefeitura de Juiz de Fora afirma ter prestado apoio psicológico à profissional e aos funcionários da UBS. O episódio gerou comoção e debate sobre a segurança de profissionais de saúde.
A agressão à Dra. Honório se soma a uma série de incidentes envolvendo violência contra profissionais da saúde, refletindo um contexto de crescente tensão e desrespeito em ambientes de atendimento médico. Segundo especialistas em saúde pública, a falta de segurança nas unidades básicas pode estar relacionada à sobrecarga de trabalho, à falta de pessoal e à ausência de mecanismos eficazes de proteção para os profissionais. A prefeitura, por outro lado, argumenta que tem investido em segurança, mas reconhece a necessidade de medidas adicionais. A paralisação dos atendimentos médicos em algumas UBSs após o incidente demonstra a preocupação dos profissionais com as condições de trabalho e a urgência em se buscar soluções para garantir a segurança de todos.
Enquanto a investigação da agressão segue em curso, a proposta da Prefeitura de Juiz de Fora de implantar a tarifa zero no transporte coletivo em todos os dias da semana adiciona outra camada de complexidade à situação. Aprovada, a medida tornaria Juiz de Fora a primeira cidade brasileira com mais de 500 mil habitantes a adotar essa política, com potenciais impactos sociais e econômicos significativos. No entanto, a viabilidade financeira da tarifa zero e seu impacto na mobilidade urbana precisam ser cuidadosamente analisados, abrindo espaço para debates sobre o financiamento do transporte público e a busca por modelos sustentáveis de mobilidade em grandes centros urbanos. A cidade se encontra, portanto, em um momento de transição e tomada de decisões cruciais em relação à segurança pública e à política de transporte.