O Ministério da Educação (MEC) anunciou que assegurou os recursos necessários para a aquisição de todos os livros didáticos destinados ao ano letivo de 2026. A informação foi divulgada após a pasta ter comunicado às editoras que, devido a restrições orçamentárias, apenas uma parte dos livros seria comprada para o próximo ano, com a promessa de que os demais materiais seriam adquiridos posteriormente.
A compra escalonada afetaria principalmente os alunos do 1º ao 3º ano do ensino fundamental da rede pública, que receberiam apenas os livros de Língua Portuguesa e Matemática inicialmente. A situação também poderia impactar estudantes dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, que enfrentariam atrasos na entrega de livros reformulados para atender às novas diretrizes do ensino médio.
Ângelo Xavier, presidente da Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros), destacou a importância de que o MEC finalize as compras até o final de agosto para evitar atrasos. Ele explicou que a produção dos livros pode levar até seis meses e, se a distribuição for ágil, os materiais podem chegar às escolas até fevereiro.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela logística do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), havia mencionado um "cenário orçamentário desafiador", com uma necessidade estimada de cerca de R$ 3 bilhões para a compra total dos livros, enquanto apenas R$ 2,04 bilhões foram alocados ao programa até o momento.