O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) respondeu nesta segunda-feira (21) a uma carta aberta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na qual o movimento questionava a lentidão na redistribuição de terras e a falta de apoio à agricultura familiar. O MDA, liderado pelo ministro Paulo Teixeira, afirmou que a reforma agrária no Brasil está em ritmo acelerado, comparável aos primeiros mandatos do presidente Lula, e estabeleceu metas de criar 30 mil novos lotes até 2025 e 60 mil até o final do mandato.
Em contrapartida, o MST destacou que 400 mil famílias assentadas ainda aguardam políticas públicas efetivas. O movimento social criticou a atual administração, questionando a paralisia da reforma agrária após mais de três anos de governo Lula. "Lula, cadê a reforma agrária?", indagou o MST, enfatizando a importância de ações concretas para atender as famílias acampadas e assentadas.
Além das críticas à reforma agrária, o MST também mencionou a sobretaxa de 50% sobre produtos nacionais imposta pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ressaltando que a soberania alimentar está intrinsecamente ligada à agricultura familiar e à reforma agrária. O movimento já havia cobrado, em janeiro, o assentamento de 100 mil famílias e, em abril, realizou invasões em 11 propriedades como forma de pressionar por uma resposta mais ágil do governo.