O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestou novo depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (13). O depoimento ocorre no contexto de três ações penais que investigam a tentativa de golpe de Estado em 2022, envolvendo 23 réus em diferentes núcleos da trama golpista.
Cid, que recentemente firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, foi convocado para apresentar informações relevantes sobre os processos que envolvem os núcleos de gerenciamento de ações, ações coercitivas e operações estratégicas de desinformação. O depoimento de hoje é parte de um esforço mais amplo do STF para ouvir testemunhas de defesa e acusação relacionadas a esses casos.
Durante a manhã, o STF ouviu testemunhas, incluindo Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que afirmou ter recebido ordens para dificultar o deslocamento de eleitores durante as eleições de 2022. Outros depoimentos incluem pessoas ligadas à produção de material com informações infundadas sobre as urnas eletrônicas e à elaboração de planilhas para mapear a movimentação de eleitores.
Mauro Cid já havia sido interrogado em junho deste ano em uma ação contra o chamado "núcleo crucial" da organização criminosa, onde figura como réu ao lado de Jair Bolsonaro. O desdobramento das investigações e os depoimentos são cruciais para elucidar os eventos que culminaram na tentativa de golpe no ano passado.