As forças governamentais da Síria foram acusadas de um massacre em um hospital na cidade de Suweida, onde, segundo relatos, dezenas de pacientes foram assassinados durante confrontos sectários. A denúncia foi feita por médicos e voluntários que trabalham no Hospital Nacional de Suweida, que se tornaram testemunhas de uma cena de horror, com corpos em decomposição alinhados no estacionamento e sangue espalhado pelo chão.
Wissam Massoud, neurocirurgião do hospital, descreveu a situação como um massacre, afirmando que as tropas do governo invadiram o local sob a alegação de trazer paz, mas acabaram matando pacientes, incluindo crianças. Vídeos enviados por Massoud mostram o interior do hospital, onde vítimas estavam cobertas por lençóis ensanguentados.
Os relatos de violência são corroborados por outros profissionais de saúde e moradores, que afirmam que as forças sírias atacaram a comunidade drusa, minoria religiosa na região. O acesso à cidade está restrito, dificultando a verificação das informações, mas estimativas locais indicam que o número de mortos pode ultrapassar 300. O governo sírio, por sua vez, anunciou que investigará as denúncias de violações de direitos humanos.
A cidade de Suweida, que abriga mais de 70 mil pessoas, permanece sob controle druso, enquanto o governo tenta impor um cessar-fogo em meio a uma escalada de violência entre diferentes grupos étnicos. A situação continua tensa, com a população temendo novas incursões e ataques.