A situação na Síria se agravou após a queda do regime de Bashar Al Assad em dezembro do ano passado, resultando em perseguições e massacres de drusos na província de Sweida, na fronteira com Israel. Grupos terroristas e milícias aliadas ao novo governo interino têm executado civis, incluindo crianças, em praça pública, enquanto a minoria cristã ortodoxa e os alauítas também enfrentam ataques. Estima-se que mais de 1.300 drusos tenham sido mortos em uma única semana, levando a comunidade drusa em Israel e no Líbano a ameaçar cruzar a fronteira para combater as milícias islâmicas.
A conexão entre os drusos de Israel e os da Síria é profunda, com laços religiosos e um dever moral de proteção. As lideranças drusas acusam o presidente interino da Síria, Ahmed al Shaara, de incitar os ataques genocidas. Em resposta à crescente violência, Israel realizou bombardeios em Damasco, atingindo alvos estratégicos, incluindo o palácio presidencial e o Ministério da Defesa, resultando na morte de pelo menos cinco membros das forças de segurança sírias e na destruição de mais de 160 alvos.
Os drusos, que representam cerca de 5% da população síria e 3% da população israelense, não possuem um Estado próprio, com comunidades espalhadas entre Israel, Síria e Líbano. Apesar de sua lealdade aos países em que habitam, a comunidade drusa pode se ver em conflito interno em situações de guerra. A atual crise na Síria tem gerado uma mobilização significativa entre os drusos, que buscam proteger suas comunidades e garantir sua sobrevivência em meio ao caos.