A renomada revista Forbes publicou nesta semana um artigo escrito por Danielle Nierenberg, que destaca a trajetória da cientista brasileira Mariangela Hungria, vencedora do World Food Prize de 2025. O prêmio, considerado o 'Nobel' da agricultura, foi concedido a Hungria em reconhecimento a suas contribuições significativas para a agronomia e a promoção da agricultura regenerativa. A reportagem ressalta a importância de suas pesquisas sobre o uso de microrganismos para a fixação de nitrogênio e a melhoria da saúde do solo.
Mariangela Hungria, que possui mestrado em Agricultura, Alimentos e Meio Ambiente pela Universidade Tufts, enfrentou desafios significativos em sua carreira, especialmente em um ambiente científico predominantemente masculino. Desde o início de sua trajetória, ela defendeu a utilização de fertilizantes biológicos como uma alternativa viável aos fertilizantes químicos, acreditando que a agricultura poderia ser mais sustentável e acessível a todos os produtores, independentemente do tamanho de suas propriedades.
A cientista enfatiza a importância da colaboração com agricultores, afirmando que suas pesquisas sempre foram guiadas pelas necessidades e experiências dos produtores no campo. Hungria acredita que as práticas regenerativas podem ser aplicadas em qualquer escala, beneficiando tanto pequenos quanto grandes agricultores. A sua abordagem inovadora e participativa tem sido fundamental para demonstrar que a ciência pode ser uma aliada na busca por um sistema alimentar mais sustentável e eficiente.
O reconhecimento de Mariangela Hungria pelo World Food Prize e a cobertura da Forbes refletem a crescente atenção global para a necessidade de práticas agrícolas que respeitem o meio ambiente e promovam a segurança alimentar. A trajetória da cientista serve como inspiração para futuras gerações de pesquisadores e agricultores em todo o mundo.