No verão de 1996, Maria Farmer procurou as autoridades para denunciar Jeffrey Epstein e sua parceira Ghislaine Maxwell por agressão sexual. Na época, Farmer, que tinha pouco mais de 20 anos, também relatou um episódio perturbador envolvendo sua irmã mais nova no rancho de Epstein, no Novo México, e afirmou ter recebido ameaças do financista. Ao se dirigir à Polícia de Nova York e ao FBI, ela pediu que as investigações se ampliassem para incluir pessoas próximas a Epstein, mencionando Donald Trump, que ainda não era presidente.
Recentemente, Farmer reiterou que não possui provas de conduta criminosa por parte dos associados de Epstein, mas expressou preocupação com o padrão de comportamento do financista, que atraía jovens enquanto cultivava relações com figuras influentes, incluindo Trump e o ex-presidente Bill Clinton. As investigações sobre Epstein, que envolvem uma vasta coleta de depoimentos e evidências, ainda mantêm muitos registros inéditos, e aliados de Trump têm alimentado teorias sobre possíveis acobertamentos de nomes poderosos.
Após a Procuradora-Geral e o diretor do FBI reavaliarem promessas de divulgação total dos arquivos, as conexões de Trump com Epstein estão novamente sob escrutínio. Há expectativa de que documentos possam conter menções delicadas, embora Trump nunca tenha sido formalmente acusado de qualquer delito relacionado a Epstein. Na semana passada, Trump solicitou a divulgação de depoimentos do grande júri no caso e negou ter algo a esconder.
Farmer, que se pergunta sobre o destino de suas denúncias, relatou um encontro com Trump em 1995, onde ele a observou de forma insistente em um escritório de Epstein. A Casa Branca contestou o relato, afirmando que Trump rompeu laços com Epstein há anos e que nunca esteve em seu escritório. O diretor de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, descreveu Epstein como "um sujeito repulsivo".