Quase cinco décadas após sua aposentadoria, a tenista brasileira Maria Esther Bueno, falecida em 2018, aos 78 anos, é homenageada com a biografia "Maria, a Vitória da Arte", escrita pelo jornalista Odir Cunha. O livro, que conta com quase 400 páginas e diversas fotos inéditas, busca preencher uma lacuna na história do esporte nacional, destacando os feitos da atleta que se tornou uma lenda do tênis mundial.
Maria Esther foi uma das principais figuras do esporte brasileiro durante um período em que o país se destacou em diversas modalidades, ao lado de ícones como Pelé e Eder Jofre. O biógrafo Odir Cunha acredita que a obra pode inspirar novos talentos no tênis, afirmando que a história de Maria Esther pode injetar ânimo nos jovens tenistas, mostrando que uma brasileira já alcançou o topo do esporte.
Com um total de 589 títulos, incluindo 19 Grand Slams, Maria Esther se destacou em competições como Wimbledon e o US Open. Sua trajetória a levou ao topo do ranking mundial em uma época sem a lista oficial da WTA, sendo reconhecida por especialistas como uma das melhores jogadoras de sua época. Além de suas conquistas, a tenista também influenciou a moda nas quadras, com vestidos que desafiavam os padrões da época, e foi respeitada na Europa, onde deu aulas para os filhos da princesa Diana.
Apesar de sua carreira curta e de enfrentar problemas de saúde, Maria Esther Bueno deixou um legado duradouro no tênis. Odir Cunha ressalta que a atleta poderia ter alcançado ainda mais se tivesse dado mais atenção à sua preparação física, evidenciando a importância do equilíbrio entre talento e treinamento no esporte.