O ex-governador de Goiás e atual presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, tem promovido articulações que impactam diretamente projetos de infraestrutura no estado. A mais recente delas envolve a paralisação da construção do novo Cavalhódromo de Pirenópolis, que visa substituir a antiga estrutura por uma arena moderna e multiuso, voltada para a valorização cultural e turística da cidade.
A obra está suspensa após um parecer do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), liderado em Goiás por Gilvane Felipe, ex-secretário de Perillo. O Iphan fundamenta sua decisão em uma portaria de 1995, que impõe restrições de altura e ocupação, consideradas incompatíveis com o projeto moderno de infraestrutura proposto.
Embora o projeto do novo Cavalhódromo tenha sido elaborado pela Secretaria de Cultura e pela Secretaria de Estado da Infraestrutura, a Prefeitura de Pirenópolis não pode liberar o alvará de construção sem a aprovação do Iphan, o que impede a licitação e o início das obras. A revisão da portaria federal está prevista apenas para 2026, o que pode prolongar ainda mais a espera pela nova estrutura.
As ações de Perillo contra a atual administração não são inéditas. Em 2023, ele tentou anular um Termo de Colaboração entre o Governo de Goiás e a Fundação Pio XII, responsável por um hospital oncológico em funcionamento. Além disso, em 2022, buscou impedir um repasse de R$ 14 milhões para o Hospital de Palmeiras de Goiás. Essas manobras são vistas como tentativas de manter sua relevância política em um cenário de desgaste após derrotas eleitorais recentes.