O líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, enfrenta uma grave crise interna na facção após declarações sobre sua relação com um ex-diretor de presídio. Durante o julgamento do agente penitenciário Alex Belarmino Almeida Santos, realizado entre os dias 2 e 9 de junho, uma gravação revelou que Marcola se referiu ao ex-diretor como uma figura paternal, alegando que o ajudou a controlar uma rebelião no Complexo Penitenciário de Taubaté em 2001.
As declarações geraram indignação entre membros da facção. O integrante do PCC, conhecido como Vida Loka, classificou as afirmações de Marcola como um "tapa na cara do crime", enfatizando que "bandido é bandido" e "polícia é polícia". Após a divulgação do áudio, Vida Loka e outros líderes do PCC buscaram explicações de Marcola, que inicialmente negou a autenticidade da gravação, mas um exame técnico confirmou que se tratava de uma gravação bruta.
Como resultado, Vida Loka anunciou a exclusão de Marcola do mundo do crime, embora essa decisão não tenha sido unânime. Enquanto alguns líderes do PCC apoiaram a exclusão, a maioria dos membros da facção que atuam nas ruas manifestaram apoio a Marcola. A Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo não se pronunciou sobre as alegações feitas por Marcola.