O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, manifestou apoio ao ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, após a Justiça da Colômbia declarar, nesta segunda-feira (28), o ex-líder culpado por suborno de testemunhas. O julgamento ainda está em andamento, com a pena a ser definida posteriormente. Rubio criticou a decisão judicial, afirmando que Uribe apenas lutou por sua pátria e que a ação representa uma instrumentalização do Judiciário por juízes radicais.
Uribe, que se declarou inocente, alegou que as acusações são parte de uma "vingança da esquerda" e de antigos aliados que se tornaram seus inimigos. Ele denunciou o que considera uma perseguição política contra sua figura. Essa não é a primeira vez que Rubio se posiciona contra o Judiciário de países sul-americanos, tendo anteriormente criticado o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil e seu ministro Alexandre de Moraes.
Em declarações anteriores, Rubio indicou que o governo de Donald Trump considerava aplicar sanções a Moraes por supostas violações de direitos humanos e anunciou a revogação do visto do ministro e de seus aliados. O secretário de Estado acusou Moraes de promover uma "caça às bruxas política" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, destacando que o STF estaria extrapolando suas funções ao criar um ambiente de censura e perseguição.
A decisão de Rubio de cancelar os vistos dos ministros do STF coincidiu com uma operação da Polícia Federal contra Bolsonaro, que resultou na imposição de medidas restritivas ao ex-presidente, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e proibições relacionadas ao uso de redes sociais e à aproximação de embaixadas.