O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, manifestou apoio ao ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, que foi declarado culpado por suborno de testemunhas pela Justiça colombiana nesta segunda-feira (28 de julho de 2025). O julgamento ainda está em andamento para a definição da pena, mas Rubio criticou a decisão judicial, afirmando que Uribe apenas lutou por sua pátria e que a instrumentalização do Judiciário por juízes radicais representa um precedente preocupante.
Uribe, que se declarou inocente, alegou que as acusações são parte de uma "vingança da esquerda" e de antigos aliados que se tornaram seus inimigos. O ex-presidente afirmou estar sendo alvo de uma perseguição política, um tema que já foi abordado por Rubio em relação a outros países da América do Sul, incluindo o Brasil.
Rubio já havia criticado o Supremo Tribunal Federal (STF) e seu ministro Alexandre de Moraes, sugerindo que os EUA poderiam aplicar sanções contra Moraes por supostas violações de direitos humanos. Recentemente, o secretário de Estado revogou os vistos de Moraes e de seus aliados, alegando que o governo Trump responsabilizaria estrangeiros envolvidos em censura a liberdades protegidas por lei norte-americana. Essa decisão coincidiu com uma operação da Polícia Federal brasileira contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que resultou em restrições severas para o político.
As declarações de Rubio refletem uma postura crítica dos EUA em relação a sistemas judiciais que considera frágeis na América Latina, destacando a crescente tensão entre os governos e a influência americana na região.