Uma marcha em homenagem às mulheres negras latino-americanas e caribenhas ocorreu ontem, 25 de julho, em Belém, saindo da Escadinha da Estação das Docas em direção ao Quilombo da República, próximo à Praça da República, no bairro da Campina. Com o tema "Vidas Negras Amazônidas por Reparação e Bem Viver", o evento destacou a importância do bem viver diante dos desafios enfrentados pelas mulheres negras na sociedade. Flávia Ribeiro, coordenadora da marcha, enfatizou a busca por um novo pacto social que promova justiça e equidade. "Queremos vida digna e ser ouvidas", afirmou Ribeiro, ressaltando que a data é uma oportunidade para visibilidade e resistência. Esta é a décima edição da Marcha das Mulheres Negras em Belém, realizada anualmente em 25 de julho, em memória de Tereza de Benguela, líder quilombola que lutou pelos direitos dos negros no Brasil colonial. A maioria das participantes é ligada a movimentos sociais, como a mãe de santo Juci do Óia, que participa desde a primeira edição em 2016. "Esse dia marca nossa trajetória e busca por políticas que nos amparem", declarou Juci.