Maranguape, localizada no Ceará, foi classificada como a cidade mais violenta do Brasil, apresentando uma taxa alarmante de 79,9 mortes intencionais por 100 mil habitantes, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O levantamento destaca que a disputa entre facções pelo controle do tráfico de drogas é a principal causa da violência em Maranguape e em outras cidades do Nordeste.
Além de Maranguape, o ranking revela que três municípios da Bahia – Jequié, Juazeiro e Camaçari – ocupam as seguintes posições na lista das cidades mais violentas, com taxas de homicídios de 77,6, 76,2 e 74,8 por 100 mil habitantes, respectivamente. O anuário ressalta que a violência no Nordeste é sustentada por conflitos entre gangues, que contribuem para as altas taxas de homicídios na região.
No que diz respeito aos estados, o Amapá lidera a lista dos mais violentos, com 45,1 mortes por 100 mil habitantes, seguido pela Bahia (40,6) e Ceará (37,5). Apesar de estar no topo do ranking, o Amapá registrou uma queda de 30,6% na taxa de homicídios em comparação a 2023. Em contrapartida, São Paulo apresenta o menor índice de mortes, com 8,2 por 100 mil habitantes.
O anuário também aponta uma mudança no perfil da violência no Brasil, com uma redução geral de 2,3% na taxa de homicídios, embora tenha havido um aumento significativo nos casos de estelionato digital, que alcançou quase 2 milhões de registros. Essa transformação no cenário criminal reflete a evolução das relações sociais e os novos desafios que surgem com a digitalização da sociedade.