Nesta sexta-feira (25), manifestantes se reuniram em frente ao Palácio Rio Branco, em Rio Branco, para um ato simbólico contra o feminicídio, que resultou na colocação de 82 cruzes, representando o número de vítimas entre 2018 e junho de 2023. O evento, intitulado 'Parem de Nos Matar', coincide com a celebração do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
O ato contou com a participação de ativistas, coletivos e familiares de vítimas, que acenderam velas e exibiram cartazes pedindo o fim da violência contra a mulher. Segundo dados apresentados pelos organizadores, o Acre registrou 158 tentativas de feminicídio nos últimos sete anos, além de mais de 5 mil casos de violência doméstica em 2024, conforme informações do Sinesp.
Almerinda Cunha, ativista da Associação de Mulheres Negras do Acre, destacou a importância de fortalecer os canais de ajuda nas áreas de saúde, segurança e educação, afirmando que muitas mulheres não reconhecem os sinais de violência. A procuradora de Justiça do MPAC, Patrícia de Amorim Rêgo, enfatizou que o feminicídio é um crime evitável e que a sociedade deve se envolver para prevenir mais mortes, ressaltando a necessidade de empatia e apoio às vítimas.
O ato foi uma homenagem às vítimas de feminicídio no Acre e uma cobrança por políticas públicas mais eficazes no combate à violência de gênero, com o objetivo de garantir a proteção e a vida das mulheres na sociedade.